Na elite feminina de MTB, Monica Calderón garante seu primeiro título na competição
A Brasil Ride Bahia conta mais do que uma história, forja pessoas e neste sábado, dia 25, foi realizada a última etapa de 2025. Na elite masculina, a briga pelo pódio foi grande. Já no começo do desafio, o pelotão destacado com alguns atletas já ia delineando os vencedores. A surpresa foi o espanhol Marti Calonja (Cannondale ISB Sport) que no km18 – primeiro ponto de cronometragem estava em 10º lugar, ganhou espaço e conseguiu alcançar a 3ª posição na chegada. Na etapa, dobradinha brasileira: Alex Malacarne (Specialized Racing BR) conquistou o lugar mais alto do pódio com o tempo de 02h02m27.800s e Gustavo Xavier (Specialized Racing BR), o vice, a menos de um segundo do campeão.
Na geral, quem levou o título da Brasil Ride Bahia 2025, foi o português Tiago Ferreira (Vouzela BH TF), que completou a Ultramaratona em 18h08m12.205s. O espanhol David Serrano (BH Coloma Team) sagrou-se vice com diferença de quase 15 segundos; enquanto Alex Malacarne foi o terceiro e campeão no Solo América Masculino.
Solo Elite masculino e terceiro colocado geral, Alex Malacarne, disse que tanto a Ultramaratona, quanto seu ano, foram incríveis. “Finalizar o ano de trabalho na Bahia é sempre especial. Realmente esse Brasil Ride foi diferenciado, foi um nível extremo com dificuldades, muito barro, muita areia, muita chuva e más condições de batalha. No entanto, a gente está sempre preparado e terminar no pódio como Campeão das Américas é gratificante”, salientou.
Estratégia
O vice-campeão David disse que a estratégia com Tiago deu certo e ficou feliz com a vice -liderança. “Estou muito feliz de ter ganhado o Brasil Ride. Tiago tem me ajudado muito na preparação e temos essa troca. A Brasil Ride não é fácil, mas ele se sente em casa. Eu estou feliz com a experiência, que foi extrema. Foi um dos dias que eu mais sofri e peguei água em cima da bicicleta. A prova deixou um gostinho de quero mais e provavelmente repita a Ultramaratona em 2026. Espero que da próxima às condições climáticas sejam de sol e temperatura mais alta. Fiquei impressionado com a organização e tudo o que engloba a Brasil Ride. O trabalho é árduo para que a prova aconteça e isso faz parte do legado nesses 15 anos de história”, completou.
Campeão da Ultramaratona, Tiago revelou que os treinos para a Brasil Ride tiveram início em dezembro do ano passado e já planejava trazer o amigo David para a Bahia. Já tínhamos delineado os planos e de vir com David e poder correr com ele, e dividir o trabalho com ele foi perfeito. A estratégia era de que David teria ganhasse o máximo de etapas e eu no fim pudesse levar a geral e assim fizemos. Foi sem dúvida a Brasil Ride mais difícil e mais extrema de todos estes 15 anos. Dias extremamente difíceis, a determinada altura, a prova passou a ser mais mental que propriamente física. Assim, conseguimos gerir tudo da melhor maneira e vencer “, declarou.
Feminino
Já o pódio da elite feminina não trouxe tantas novidades. A briga pela etapa ficou mesmo entre a brasileira Karen Olímpio (Soul Extreme Race) e a colombiana Monica Calderón (Cannondale ISB Sport), sendo Karen a vencedora por milésimos de segundo. O terceiro lugar foi garantido pela italiana Constanza Fasolis (Cannondale ISB Sport).
Entretanto, a geral foi de Monica Calderón que tinha uma grande vantagem antes das adversárias. Com mais de 1h de vantagem, a colombiana garantiu seu primeiro título e carimbou seu nome na história da Brasil Ride, em 2025.
Meu coração está contente com a vitória nessa Brasil Ride que considero a mais difícil desses 15 anos. Foi uma luta diária com o clima, com o volume das etapas e não foi nada fácil. Foi satisfatório ter terminado bem, sem tombos graves, e por alcançar um objetivo importante do ano. Agora é descansar. Uma palavra que define a Brasil Ride é selvagem, é sobrevivência. A Brasil Ride é uma corrida só física, mas mental. De querer, de querer avançar, de não se render e terminar”, ressaltou.
Karen Olímpio, que garantiu a vice -liderança geral e a Solo América Feminino, revelou que traçou uma boa estratégia para mais uma vitória nesta edição intensa da Brasil Ride, 15 anos. “Feliz de fazer parte desses dias intensos aqui. Como eu disse, as condições estavam muito extremas, então saí bem feliz. Estou muito contente com a vitória e com meu rendimento durante todos os dias. Mesmo com imprevistos, realizei uma boa prova. Acho que todos que participaram dessa edição vão sair mais fortes e novas pessoas daqui. Tenho que agradecer ao apoio que recebi e o sentimento que fica dessa Ultramaratona é que entreguei tudo que eu pude”, contou.
Constanza comentou que a etapa 7 foi muito boa e pela terceira colocação geral e na etapa. “Estou feliz de terminar a Brasil Ride assim. Estava descansada e com um bom ritmo. A Brasil Ride é uma ultramaratona muito diferente do que estava na minha cabeça. Foram dias intensos”, concluiu.
